terça-feira, 27 de agosto de 2013

Ditado da História em Desenho

Adoro esta atividade. Já fiz com crianças de 5 a 8 anos e, em todos esses grupos, a resposta foi muito positiva.

A ideia é simples: munidas com uma folha de sulfite e um lápis grafite, as crianças desenham enquanto ouvem a narrativa de uma história contada pelo professor. O desenho e a história devem caminhar juntos. Logo, é importante se demorar um pouco durante a narrativa para que todos possam desenhá-la. Quando o papel da criança acabar, o professor cola outra folha de sulfite de forma a continuar àquela em que a criança estava desenhando. O número de folhas a serem acrescentadas varia de acordo com o tamanho da história e com o traço de cada criança ao desenhar.







Ao final temo o ditado do desenho da história.



Essa é a proposta geral. Mas acredito que ela vá bem mais longe do que um desenho com adição de folhas.

Em uma atividade como esta, o professor, além de estimular o desenho, pode incitar a imaginação de cada um. Por meio da história, o professor pode inventar enredos fora do comum, cenários estranhos e personagens diferentes. O professor pode descrever com detalhes o que cada um desses elementos poderia conter. Alguns podem pensar que isso direcionaria demais a produção dos pequenos, mas o fato é que dificilmente eles seguem fielmente a descrição dada pelo professor. O mais comum é um despertar da imaginação. Se o professor descreve um mostro com um olho e antenas gigantes, logo uma criança acrescenta que o dela terá três cabeças e garras enormes, uma outra diz que ele será manchado e assim por diante. O importante é o professor manter este grau de liberdade, tendo em mente que o ditado da história é somente uma forma de ampliar as possibilidades de desenhos de cada criança. É um ótimo recurso para que elas variem seu repertório gráfico.

Pela minha experiência com esta atividade, as crianças se envolveram bastante e gostaram de mostrar aos amigos seus desenhos.

O fato de se adicionar folhas também serve como estímulo à atividade. Eles se surpreendem com a quantidade de folhas que usaram. E, a forma de colá-las, pode variar, criando-se assim novas composições.


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Conversas poéticas entre arte e bebês

Conversas poéticas entre arte e bebês foi o tema de um ciclo de palestras, vivências e apresentações culturais, ocorrida no CCSP em 2011, com foco na arte de, para e com bebês.

Os videos abaixo mostram um pouco como foram esses encontros, e trazem muitas ideias novas à educadores e pesquisadores que trabalham e se dedicam a esta faixa etária.

Há também um vídeo sobre os encontros realizados com a artista e educadora Anna Marie Holm, já citado neste blog pelo seu livro Baby Art.

Apesar de darem somente um gostinho de quero mais, acredito que esses vídeos sejam um material muito interessante e, a meu ver, bem importante.

A mostra


Conversas poéticas entre arte e bebês - a mostra from Web Radio TV CCSP on Vimeo.

Ciclo de palestras


Conversas poéticas entre arte e bebês - debates e palestra from Web Radio TV CCSP on Vimeo.

Workshops, vivências e oficinas


Conversas poéticas entre arte e bebês - workshop, vivência e oficina from Web Radio TV CCSP on Vimeo.

Espetáculos teatrais
 
Conversas poéticas entre arte e bebês - espetáculos teatrais from Web Radio TV CCSP on Vimeo.

Programação especial com Anna Marie Holm


Conversas poéticas entre arte e bebês - programação especial com Anna Marie Holm from webtvccsp on Vimeo.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Pelas Pinturas de Leda Catunda - Atividade IV

Como última atividade relacionada à obra de Leda Catunda, as crianças pintaram sobre um tecido estampado.

Foram mostradas obras em que a pintura ou o desenho realizado sobre um tecido industrialmente estampado, estabeleciam algum tipo de relação com a estampa.


 Xica, a gata/Jonas, o gato, 1984, acrílica sobre pelo artificial e luz


 Roupas, 1990, acrílica sobre tecido

 Aquário Redondo, 1984, acrílica sobre plástico
Aquário, 1984, acrílica sobre tela e plástico

Também foi retomado o processo trabalhado na  Atividade I , em que a artista escondia/revelava partes das estampas, instigando nosso olhar.

Cada criança recebeu um pedaço de tricoline estampado. Foi o tecido com maior variedade de estampas e mais em conta que achei.

E enfim, eles pintaram com tinta acrílica sobre o tecido. Como esta tinta tem um cheiro muito forte, é importante que ela seja utilizada em um lugar aberto e ventilado.










As obras finais, podem ser vistas abaixo. Uma penas as fotos não terem ficado muito nítidas, mas é difícil lidar com a luz de ambientes improvisados!!

























































Como podemos perceber, houve de tudo nestes trabalhos. Pinturas inspiradas nas obras de Leda, pinturas em que houve o diálogo com as estampas dos tecidos e pinturas que somente tomaram o tecido como suporte.

Na hora da pintura houveram comentários em relação ao pintar sobre o tecido que, por ser um suporte "mole", causaria certa dificuldade, diferente de pintar sobre um papel canson por exemplo.

É deste tipo de descoberta e experiência que tentei priorizar durante todo este processo, embebidos pela obra de uma artista brasileira viva, como as crianças mesmo faziam questão de ressaltar.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Pelas Pinturas de Leda Catunda - Atividade III

Foi difícil escolher o caminho para dar prosseguimento ao estudo da obra da artista Leda Catunda. Isto porque haviam muitos percursos distintos a serem percorrido. Um deles, seria o tema Bichos pois, além de haver muitas obras com representações de animais, é comum crianças pequenas terem um fascínio sobre o tema.

Acabei optando por uma produção que inovasse em sua estética visual, ampliando assim o repertório dos pequenos. Trabalhei com as 'pinturas moles', conceito desenvolvido pela artista para se referir a maciez existente em suas pinturas que envolviam grandes relevos como suporte.


Barriga, 1993, acrílica s/ tela



Cinco Línguas, 1995, acrílica s/ tecido





Duas Gotas, 1995, acrílica s/ tela


Três Montanhas, 1993, acrílica s/ tecido



Mosca, 1994, couro, acrílica s/ tecido e tela



Besouro, 1994, couro, acrílica s/ tela


Língua, 1995, acrílica s/ tela e veludo

Gotas Transparentes, 1996, acrílica s/ tela e plástico


Mosca IV, 1996, acrílica s/ tecido


Mostrei as obras às crianças e então entreguei a elas um pedaço de papel craft, espuma, tecidos e papel crepom. Cada criança escolhia entre o tecido e o papel crepom. Elas recortaram o tecido e/ou papel crepom na forma que queriam e, com a ajuda de um adulto, preencheram o tecido e/ou crepom com espuma sobre o papel craft. Depois, colaram as bordas. Na aula seguinte, pintaram sobre a superfície mole de seus trabalhos.








Depois de secos recortamos os relevos, retirando-os do papel craft, e, fizemos obras coletivas, respeitando o que cada criança quis representar com seus trabalhos. Tivemos assim:

gotas,




 línguas,


 corações,

e almofadas. 





Outros trabalhos, por suas especificidades, ficaram sozinhos.